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ed in poco si consuma, quando la virtù propria non l'accompagna."
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(Petrarca)
 
 

O NAVIO (VAPOR) COLOMBO
 
 

FOTO DO VAPOR NO ESTALEIRO EM LIVORNO EM 1901


O breve resumo que se segue é fruto de pesquisa feita por JOSÉ CARLOS ROSSINI a pedido de David Pilatti Montes, autor do livro "Esperança de Uma Nova Vida", Ed. Gráfica Planeta Ltda., Ponta Grossa, PR, 2ª ed., 1996, páginas 30/33.

O Vapor denominado COLOMBO, que fez por tantas vezes a rota Genova/Santos, foi construído na Inglaterra em 1873 e servia como cargueiro sob o nome BRAZIL até ser adquirido pelo italiano Giácomo Cresta em 1888.

Após sofrer uma reforma que o transformou em navio misto, foi rebatizado como COLOMBO e em setembro de 1888, comandado pelo capitão Antonio Mangini, fez sua primeira viagem transportando imigrantes para o Brasil.

A minuciosa pesquisa de ROSSINI dá-nos conta de que o Colombo tinha capacidade para transportar cerca de 700 passageiros em acomodações comuns e 80 a 100 em classe cabina (alojamento individual), e não obstante dispusesse de instalações frigoríficas para armazenar víveres frescos - no que foi pioneiro - o transporte dos imigrantes era feito em precaríssimas condições.

Fez muitas viagens na rota Gênova-Lisboa-Rio de Janeiro-Santos, tendo sido palco de várias epidemias a bordo, com registro de muitas mortes. Tais epidemias, aliás, ocorreram quase sempre na rota de volta à Itália, possivelmente pelas péssimas condições de saúde dos imigrantes que resolviam voltar à pátria, desiludidos com esta "Mérica" tropical.

Graças ainda às pesquisas de ROSSINI, muito bem noticiadas por David Pilatti Montes, sabe-se que em 1898 o Colombo foi cedido à empresa Ligure Brasiliana, recém criada pelo também italiano Giulio Gavotti, que como armador autônomo já o fretava para acudir a seus compromissos também de fretamento. Foi então utilizado para transporte na linha Norte do Brasil, rota em que permaneceu até o final de 1900, quando foi colocado nos estaleiros Orlando, em Livorno, para uma ampla reforma.

Singrou os mares em direção a Belém e Manaus, com imigrantes e carga, até 1904, e em 1905 foi vendido para sucata, tendo sido desmantelado em Sarona no ano seguinte.

Quem se interessar por outros dados sobre esse vapor poderá obtê-los no livro acima mencionado, bastando que solicitem um exemplar diretamente ao autor David Pilatti Montes, a quem agradeço publicamente pelo envio da obra e pela oportunidade que me propiciou de conhecer José Carlos Rossini, historiador da cidade de Santos e da "rota do ouro e da prata".
 

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