FAMÍLIA CECCHETTI


O ramo de nossa  família CECCHETTI  tem origem na pequena Pierantonio, "frazzione" (distrito) da cidade de Umbertide, situada na Província de PERÚGIA, Região da Umbria – centro da Itália.


PIERANTONIO
 

Perugia - Região da Umbria

Lá moravam os casais

UBALDO CECCHETTI - MARIANA GRELLI

E

UBALDO STACCINI - ASSUNTA IANDULLI
 

UBALDO CECCHETTI e MARIANA GRELLI – tiveram os filhos
- Elisabetta Cecchetti
- Salvador Cecchetti
- Santin Cecchetti

UBALDO STACCINI e ASSUNTA IANDULLI – tiveram os filhos
- Matilde Staccini
- Elisabeth Staccini

ELISABETTA CECCHETTI casou-se com AQUILES BUSSOTTI – E tiveram os filhos
- José
- Vitório
- João
- Pedro
- Pio Atílio
- Júlia
- Josefa
- Mariana

SALVADOR CECCHETTI casou com MATILDE STACCINI e tiveram os filhos
- Mariana
- Antonio
- Palmira
- Assumpta
- José
 

SANTIN CECCHETTI casou com ELIZABETH STACCINI e tiveram os filhos
- Ortenzia
- Giovanni
- Esterina
- Olivia
- Ubaldo
- Fabiano

Como ponto interessante – Salvador Cecchetti e Santin Cecchetti – irmãos – casaram com Matilde Staccini e Elizabeth Staccini – irmãs.

ELISABETTA CECCHETTI e AQUILLES BUSSOTTI – vieram para o Brasil em 1924, como imigrantes para trabalhar na lavoura de café. Após estabelecidos, Elisabetta chamou os irmãos para virem para o Brasil.
Um ano após, Salvador Cecchetti e Santin Cecchetti, com as respectivas famílias, viajando no navio CESARE BATTISTI (detalhes deste navio no final da página) chegaram ao porto de Santos no dia 25 de outubro de 1925.
 
 

FAMILIA DE SALVADOR CECCHETTI


 
 
A viagem durou 19 dias e segundo relatos de Assumpta Cecchetti na época com 7 anos e meio, havia muita festa.

Assumpta lembra também que jogavam comida aos peixes e estes seguiam o navio e muitos pulavam fora da água.

Um fato curioso foi que em um dia de festa colocaram um “pau de sebo”, com muitos prêmios em seu topo, Antônio Cecchetti então com 14 anos,  insistia que queria subir, porém devido a sua pouca idade não permitiam mas,  pela insistência Antônio teve permissão e chegou ao topo conquistando todos os prêmios, sendo festejado como campeão, com muita alegria de todos.

Chegando a Santos foram transferidos de trem para a Casa do Imigrante, na Rua Visconde do Parnaiba, no bairro do Brás em São Paulo – hoje Museu do Imigrante.
Após uma semana embarcaram no trem da Sorocabana e foram para São Bartolomeu ou São Berto, para juntarem-se à irmã,  para trabalho em lavoura de café.

Chegando a São Berto 10 carroças os esperavam para transportá-los até a Fazenda São Luiz, nos arredores da cidade. Junto também foram outras famílias italianas, dentre elas, os Rippi.

Assumpta lembra também que sua mãe Matilde não queria vir de forma nenhuma e chorou muito durante a viagem tanto de navio como de trem, até chegar ao destino. Após algum tempo acostumou-se e gostou de ter vindo  ao Brasil.

A fazenda São Luiz pertencia ao Sr. Gustavo, fazendeiro que morava em São Paulo (iremos pesquisar seu sobrenome e origem), sendo o administrador o Sr. Luiz Squarça.

Na fazenda os colonos tinham a incumbência de cuidar da lavoura de café. Tinham a permissão de plantar milho, arroz e outros cereais nos corredores para sua própria subsistência.

Devido a uma queda, Salvador Cecchetti teve, ainda criança, na Itália, uma fratura no pé esquerdo, ficando com dificuldades para andar, conseqüentemente o trabalho na lavoura era-lhe muito difícil. Observando que os arreios dos cavalos e das carroças estavam em mau estado, e que não havia quem os consertasse, teve a idéia de oferecer-se, ao administrador, para consertá-los, pois era sapateiro e seleiro de profissão e tinha trazido da Itália suas ferramentas. O administrador gostou tanto da idéia que, imediatamente, foi à cidade próxima, Cerqueira Cesar, comprar os materiais próprios e arranjou-lhe um quarto (oficina) para trabalhar. Desta maneira conseguiu um trabalho menos penoso. Porém, sua esposa Matilde, e os filhos Antônio e Mariana, continuaram na lavoura. Os outros filhos, Palmira, Assumpta e José  iam apenas na escola, devido a pouca idade.

O contrato de trabalho na fazenda era de 4 anos, período calculado como sendo necessário para pagar a dívida da viagem da Itália até a fazenda.

Após este período, a família Cecchetti se dividiu:

Elisabetta e Aquilles mudaram-se com os filhos para o bairro da Moóca e Vila Zelina em São Paulo.

Santin e Elizabeth foram para Santa Mariana no Paraná e de lá consta que os filhos mudaram-se para vários outros locais da capital de São Paulo e para outras cidades, como Santo André, Cornélio  Procópio; alguns permaneceram em Santa Mariana.

Salvador Cecchetti e Matilde compraram um pequeno sítio em São Bartolomeu, aí se estabelecendo. Salvador montou uma sapataria e selaria. O filho Antônio aprendeu a profissão passando também para os filhos.

“Há um dito popular na Itália (brincadeira) que quando um nasce italianinho deve-se jogá-lo contra a  parede. Se grudar será cantor, se cair, sapateiro. Bem, creio que na família Cecchetti ninguém ficou grudado.”

Todos os filhos de Salvador Cecchetti casaram e partiram para outras localidades:
Mariana, Palmira, José e Assumpta, mudaram-se para Capital de São Paulo.
Mariana para Vila Prudente, José para Vila Zelina,  Assumpta e Palmira para o Tatuapé.

Antonio Cecchetti casou e ficou com o pai, trabalhando de sapateiro em São Berto; posteriormente mudou-se para Cambé, no Paraná, mas, finalmente, foi para São Paulo, no bairro do Tatuapé próximo aos irmãos.

Assim Salvador Cecchetti veio também para São Paulo e passou a morar com a filha Assumpta, para alegria dos netos Zuleika, Dorival e José, pois era alegre, vivia cantando e contando estórias da Itália.
Veio a falecer em 13/02/1968 aos 92 anos.
 


NAVIOS

As famílias de Salvador Cecchetti/Matilde Staccini e Santin Cecchetti/Elisabetta Staccini, viriam no navio “DUILIO”, que naufragou antes da viagem marcada. A foto abaixo mostra o navio atracado no porto de Gênova, meses antes do naufrágio. Presume-se que o “Duilio” seja o da esquerda.

NAVIO DUILIO

VAPOR DUILIO NO PORTO DE GÊNOVA
 
 

NAVIO CESARE BATTISTI
 

VAPOR CESARE BATTISTI

O navio “CESARE BATTISTI” foi contruido pelos estaleiros G. Ansaldo & Cia. em Sestri Ponente, Itália, para os armadores italianos “Transatlântico Italiana”, mais propriamente “Transatlantico Italiana Societá Anonima de Navigazione, de Gênova, com 8331 toneladas de arqueação bruta e 135,63 metros de comprimento.
Para sua carreira Gênova-Buenos Aires com porto de escala em Santos – Brasil, foi lançado ao mar em 1922. Sua viagem inaugural foi em setembro de 1922.
Foi destruido por uma explosão em 1936 em Massaua, Eritres.

(informações cedidas por Eduardo Marcel Macan – bisneto de Santin Cecchetti e Elisabetta Staccini)
 

O objetivo desta página é encontrar e reunir todos os descendentes dos
STACCINI-CECCHETTI e CECCHETTI-BUSSOTTI

Se você tem alguma relação de parentesco com nossa família,
escreva-nos:

FERNANDO CECCHETTI

DORIVAL CECCHETTI

HUGO CECCHETTI


 
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